quinta-feira, 4 de julho de 2013

A EDUCAÇÃO ESCOLAR NO CONTEXTO DAS TRANSFORMAÇÕES DA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA



A EDUCAÇÃO ESCOLAR NO CONTEXTO DAS TRANSFORMAÇÕES DA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
LIBANÊO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira de; TOSCHI, Mirza Seabra. Educação Escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2003, p. 51-55.
Trata da escola e o questionamento acerca de sua função diante das transformações econômicas, políticas, sociais e culturais da contemporaneidade. Na era da globalização, o entendimento acerca deste termo leva muitos a concebê-lo como um conceito de construção ideológica neoliberal que, postula o desenvolvimento de um país pela liberalização da economia e supressão de qualquer intervenção social, ou seja, uma auto-regulação da economia. A educação é afetada pelos acontecimentos mundiais, pois exigem da mesma um novo modelo de trabalhador flexível, polivalente, e para que isso ocorra a educação tem que ser formadora de novas habilidades cognitivas, competências sociais e pessoais. O capitalismo estabelece novas finalidades à escola, modificando suas prioridades, necessidades, valores e práticas docentes. Esta sociedade está sendo denominada de sociedade do conhecimento ou sociedade tecnológica, que destaca o conhecimento, o saber e a ciência, ampliando os espaços de aprendizagem. Isto significa o início da reestruturação do sistema educacional, a articulação da escola com outras modalidades de educação, de maneira a contribuir para a formação dos indivíduos, em uma capacitação permanente, preparação tecnológica e desenvolvimento de atitudes, conhecimentos, capacidades, autonomia, consciência crítica, cidadania e ética social. As transformações da função da escola representam a reavaliação dos objetivos do sistema capitalista, com o intento de manter a hegemonia no fortalecimento das nações ricas e submissão e dependência dos países pobres. As reformas educacionais nos países ricos submetem a escolarização às exigências do mercado de produção e consumo, os organismos multilaterais vinculados ao capitalismo traçam uma política educacional para os países pobres, com interesses voltados a atender as demandas da globalização, a intelectualização do processo produtivo e formação de consumidores. Juntamente com a preocupação com aspectos como: a exclusão; segregação e marginalização das populações pobres, pois tais fatores afetam o desenvolvimento do capitalismo, interferindo na ordem e estabilidade dos países ricos. As medidas neoliberais educacionais são viabilizadas pelas corporações e instituições financeiras internacionais: Fundo Monetário Internacional; Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento. Tais reformas sustentam-se na ideia do mercado como princípio fundador, unificador e auto-regulador da sociedade global competitiva, tentando convencer de que o livre mercado resolve os males sociais, no entanto o livre mercado é fundamentado pela exclusão. O governo brasileiro vem implementando medidas políticas, econômicas e educacionais para modernizar o país e inseri-lo no mundo globalizado, com o discurso na educação da diversificação, flexibilidade, competitividade, produtividade, eficiência e qualidade. 
Roselaine Monteiro dos Santos.

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