Síntese.
A Educação como campo social de disputa hegemônica.
Discorre
acerca da educação e sua disputa hegemônica consequente das articulações das
concepções, organizações do processo e conteúdos escolares aos interesses do
mercado de produção. Aponta questões na área das relações entre sociedade,
processo produtivo, trabalho e educação, que visam à apreensão da função social
dos processos educacionais nas relações de produção e reprodução social.
Apresenta os objetivos do ideário dominante e dos trabalhadores para a
educação: classe dominante determina à educação a função de habilitar os
trabalhadores de forma técnica, social e ideológica para o trabalho;
trabalhadores vêm na educação à apropriação do saber histórico-social,
permitindo a compreensão da realidade e promoção de seus interesses. O papel
social da educação e sua relação com o processo de produção é marcado por
concepções antagônicas, fundamentadas na concepção de que os fatores que
constituem a sociedade em seu período histórico são subordinados ao sistema
produtivo vigente. Compreende as relações econômicas como relações sociais, o
trabalho como forma do homem produzir sua história, seu mundo e a si próprio.
Cita o embate para que a qualificação do homem não se subordine às leis,
adaptações e funcionalidades do mercado de produção. A subordinação da educação
ao interesse do capital mostra a dualidade da educação, que é exposto com naturalidade
desde o século XVIII. No Brasil desde o Império a educação possui um quadro
histórico de perversidade, devido ao fato de: ter sido uma sociedade
colonizada, sem raízes, submissa aos seus colonizadores, escravocrata, uma
nação de Terceiro Mundo; Quanto à economia um Estado dual, onde o público serve
aos interesses do privado; Na política uma alternância entre conservadorismo,
autoritarismo e ideário liberal; Na educação uma reforma democrática
(1950-1960) interrompida pelo Golpe Militar (1964) e um sistema de comunicação
em massa ampliado a uma população analfabeta.
FRIGOTTO,
Gaudêncio. Educação e a crise do
capitalismo real. 3. ed. São Paulo: Cortez, 1999. p. 25-40.
Roselaine Monteiro dos Santos.
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