quinta-feira, 4 de julho de 2013

A Educação como campo social de disputa hegemônica.



Síntese.
A Educação como campo social de disputa hegemônica.
Discorre acerca da educação e sua disputa hegemônica consequente das articulações das concepções, organizações do processo e conteúdos escolares aos interesses do mercado de produção. Aponta questões na área das relações entre sociedade, processo produtivo, trabalho e educação, que visam à apreensão da função social dos processos educacionais nas relações de produção e reprodução social. Apresenta os objetivos do ideário dominante e dos trabalhadores para a educação: classe dominante determina à educação a função de habilitar os trabalhadores de forma técnica, social e ideológica para o trabalho; trabalhadores vêm na educação à apropriação do saber histórico-social, permitindo a compreensão da realidade e promoção de seus interesses. O papel social da educação e sua relação com o processo de produção é marcado por concepções antagônicas, fundamentadas na concepção de que os fatores que constituem a sociedade em seu período histórico são subordinados ao sistema produtivo vigente. Compreende as relações econômicas como relações sociais, o trabalho como forma do homem produzir sua história, seu mundo e a si próprio. Cita o embate para que a qualificação do homem não se subordine às leis, adaptações e funcionalidades do mercado de produção. A subordinação da educação ao interesse do capital mostra a dualidade da educação, que é exposto com naturalidade desde o século XVIII. No Brasil desde o Império a educação possui um quadro histórico de perversidade, devido ao fato de: ter sido uma sociedade colonizada, sem raízes, submissa aos seus colonizadores, escravocrata, uma nação de Terceiro Mundo; Quanto à economia um Estado dual, onde o público serve aos interesses do privado; Na política uma alternância entre conservadorismo, autoritarismo e ideário liberal; Na educação uma reforma democrática (1950-1960) interrompida pelo Golpe Militar (1964) e um sistema de comunicação em massa ampliado a uma população analfabeta.


FRIGOTTO, Gaudêncio. Educação e a crise do capitalismo real. 3. ed. São Paulo: Cortez, 1999. p. 25-40.

Roselaine Monteiro dos Santos.

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