sábado, 29 de dezembro de 2012

Artigo de Revisão Bibliográfica



ARTIGO DE REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO ACERCA DA HISTORICIDADE E UTILIZAÇÃO DAS TICs NA EDUCAÇÃO.

INTRODUÇÃO
Segundo os escritos de Jarbas Novelino Barato, os especialistas entendem a Tecnologia Educacional como a aplicação das Ciências Modernas do conhecimento. Os profissionais da educação a concebem como uma arte de uso dos recursos mecânicos e eletrônicos, a disciplina foi entendida em certo contexto histórico como um treinamento, uma abordagem sistemática de instrução.
Comenius em 1600 propôs o uso de meios audiovisuais, ressaltando a importância do recurso de ilustrações na aprendizagem, Comenius escreveu o primeiro livro didático ilustrado em 1650 - Orbis Sensualium Pictu.
O uso das imagens difundiu-se a partir dos grandes inventos do século XIX, são eles: a fotografia (primeira fotografia reconhecida oficialmente - 1826); telefone (1876); rádio (1863-1887-1896), telégrafo (1838), papel fotográfico e imprensa rotativa. Em 1905 foram criados nos Estados Unidos os primeiros museus pedagógicos, que funcionavam como centros de recursos visuais, com mapas, ilustrações, filmes. A expansão dos recursos audiovisuais ocorreu durante a II Guerra Mundial, consequência do seu uso como treinamento da mão-de-obra feminina na indústria bélica.
Nos anos 1950 pós II Guerra o meio audiovisual que encantou o mundo e os educadores foi à televisão, o Governo americano investiu maciçamente na televisão educativa, aulas filmadas. Na atualidade o audiovisual em evidência é o computador, o seu uso na educação teve início nos anos 1960, somente as grandes universidades americanas podiam usar o novo meio, foi a partir dos anos 1970 que a informática educativa torna-se acessível, por meio dos computadores pessoais. Na contemporaneidade a novidade em educação é a integração de todos os meios em rede (internet) na comunicação interativa.
Segundo Cysneiros (1999), a história das TICs no Brasil aplicada à educação perpassou pelo período da educação no rádio e televisão, nos anos 1980 teve início às primeiras políticas públicas em informática na educação. O primeiro projeto priorizou a pesquisa com cinco universidades públicas participando do Projeto EDUCOM – que se originou do 1º Seminário Nacional de Informática na Educação realizado na Universidade de Brasília em 1981, e teve por princípio o investimento em pesquisas educacionais, que contribuiu na formação de recursos humanos, o projeto EDUCOM foi base para a estruturação do projeto PRONINFE – Programa Nacional de Informática na Educação, com a finalidade de desenvolver a informática educativa por meio de atividades e projetos baseados em uma sólida fundamentação teórica. O Projeto FORMAR, destinado à formação de profissionais para atuarem nos diversos centros de informática educativa dos sistemas públicos de educação. Atualmente convivemos com uma Política Federal de computadores em escolas públicas e formação de professores pelo PROINFO – Programa Nacional de Tecnologia Educacional criado pela portaria nº 522/MEC – 1997, com o objetivo de promover o uso pedagógico das tecnologias de informática e comunicações na rede pública de ensino fundamental e médio, seus objetivos principais são melhorar a qualidade no processo ensino-aprendizagem e proporcionar uma educação voltada ao desenvolvimento científico e tecnológico.
OBJETIVOS:
Analisar artigos que abordem o uso da TICs na escola;
Descrever o contexto histórico do uso das TICs na educação;
Compreender a abrangência das TICs no cotidiano;
Analisar criticamente os aspectos sociais, econômicos e mercadológicos que abrangem o alcance das TICs neste contexto social;
Perceber as TICs como recurso didático pedagógico, a influência e alcance dos meios de comunicação de massa, em especial a televisão;
Entender os desafios da utilização das tecnologias na educação brasileira;
Utilizar a internet como ferramenta auxiliar nos estudos de EaD;
Compreender e utilizar o computador no processo ensino-aprendizagem.
METODOLOGIA:
O presente Artigo de Revisão Bibliográfica teve como base pesquisas utilizando a internet e o navegador GOOGLE, com a pesquisa da frase “história das tecnologias educacional”, sendo selecionado um artigo “História da Tecnologia Educacional: os meios Audiovisuais” Jarbas Novelino Barato do site “Boteco Escola – Ensaio sobre o uso de blogs em educação”. A pesquisa acerca das ações e políticas públicas do Governo Federal da introdução e utilização das TICs nas escolas públicas brasileiras. São eles: Projetos EDUCOM, PRONINFE, FORMAR e PROINFO, com as perguntas diretamente no GOOGLE “O que é o projeto EDUCOM”? “O que é o projeto PROINFO”? O artigo teve como referência bibliográfica os artigos disponibilizados pelo professor da Disciplina Educação, Novas Tecnologias e Mídias profº. Esp. Paulo Cesar Rodrigues no moodle do Núcleo de Educação à Distância da Faculdade Araguaia.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Foram utilizados os seguintes artigos:
História da Tecnologia Educacional: os meios audiovisuais – Jarbas Novelino Barato;
O Uso do Computador na Escola: Diálogos entre a Tecnologia Educacional e a Cultura Escolar – Claúdia Natália Saes;
Novas Tecnologias na sala de aula – Miguel Adilson de Oliveira Júnior e Ária Lobo da Silva;
Web Quest – um uso inteligente da internet na escola – Simão Pedro P. Marinho;
Novas Tecnologias na sala de aula: Melhoria do ensino ou inovação conservadora? – Paulo Gileno Cysneiros;
As mídias na educação – José Manuel Moran.
Uso da Televisão e do Vídeo como Tecnologias Educacionais na Escola Estadual Professora Benedita de Castro Lima – Maria Klirkle de Morais Silva.
As ferramentas abordadas pelo presente artigo são:
Televisão – Para Moran a televisão é a forma de ver o mundo predominante no Brasil, uma mídia que encanta as crianças e propaga uma ideologia. Silva considera que a televisão possui importância na socialização das crianças, cabe à escola compreender como as informações televisivas são apropriadas pelas crianças, a influência na formação identitária do sujeito
Computador – Para Soares o acesso às TICs não se resume à aquisição e instalação de computadores nas escolas, mas pela mediação professor e meio no desenvolvimento das habilidades e saberes docentes para o acesso, interação e trabalho com as TICs no cotidiano escolar. Cysneiros afirma que os cursos intensivos destinados aos professores e os computadores nas escolas não significa melhoria no ensino. Na visão de Marinho a escola compreende a integração do computador no cotidiano de professores e alunos como um desafio.
Internet – Marinho considera o uso da internet nas escolas brasileiras reduzido, e um dos grandes desafios é possuir professores capacitados e estimulados para a utilização dos recursos, a mediação do ensino aprendizagem com a utilização dos recursos e o questionamento crítico reflexivo dos recursos e das informações contidas nos mesmos.
CONCLUSÃO
A escola compreendida como uma instituição inserida em uma determinada sociedade e, em certo contexto histórico tem transferida à sua responsabilidade a formação do sujeito histórico-social, de acordo com as mudanças, transformações e previsões futuras da manutenção da sociedade em que vive.
Os avanços tecnológicos e informacionais são uma realidade presente no cotidiano de todos, estão inseridos em várias áreas do conhecimento e são responsáveis pelo surgimento de muitas destas áreas. O seu uso como recurso educacional tem sido incentivado, programado, disponibilizado, porém encontra uma grave deficiência quanto a sua efetivação.
Em sua maioria defrontam com entraves burocráticos, econômicos, culturais e pessoais. No primeiro aspecto a burocracia que prolonga a aquisição dos aparelhos para as escolas, e devido à extrema aceleração no surgimento de novos aparelhos, os já adquiridos ao chegarem a seu destino estão ultrapassados e desinteressantes. No segundo aspecto os entraves econômicos que perpassam pelas verbas destinadas à educação, sua aplicação e a realidade econômica da região ou comunidade que irá receber tais aparelhos, onde uma inclusão digital pode tornar-se um caso de polícia. Os aspectos culturais relativos à implementação do novo, sem descaracterizar e desvalorizar a cultura da comunidade. Os aspectos pessoais referentes ao medo, receio dos profissionais da educação de serem substituídos por máquinas e programas que garantem armazenar e transmitir informações em tempo menor e qualidade maior do que o homem, no entanto a educação é um processo amplo, que depende da interação, do diálogo e da relação entre as pessoas, não será substituída por máquinas, porém pode ser complementada, facilitada e qualificada pelas Tecnologias da Informação e Comunicação.

Roselaine Monteiro dos Santos.



REFERÊNCIAS:
BARATO, Jarbas Novelino. História da Tecnologia Educacional: os meios audiovisuais. Disponível em: http://jarbas.wordpress.com/2010/01/15/historia-da-tecnologia-educacional/
CYSNEIROS, Paulo Gileno. Novas Tecnologias na sala de aula: Melhoria do ensino ou inovação conservadora? 1999.
Disponível em: http://www.colombiaaprende.edu.co/html/mediateca/1607/articles-106213_archivo.pdf
MARINHO, Simão Pedro P. Web Quest – um uso inteligente da internet na escola. 2001. Disponível em:
http://www.ich.pucminas.br/pged/arquivos/publica/sppm/webquest.pdf
MORAN, José Manuel.  As mídias na educação. 2007.
Disponível em: http://www.eca.usp.br/prof/moran/midias_educ.htm
OLIVEIRA JÚNIOR, Miguel Adilson de; SILVA, Ária Lobo da. Novas Tecnologias na sala de aula. 2010. Disponível em: http://www.faculdadearaguaia.edu.br/ead/mod/resource/view.php?id=4443
SAES, Claúdia Natália. O Uso do Computador na Escola: Diálogos entre a Tecnologia Educacional e a Cultura Escolar. Disponível em:
http://www.anped.org.br/reunioes/30ra/posteres/GT16-3130--Int.pdf
SILVA, Maria Klirkle de Morais. Uso da Televisão e do Vídeo como Tecnologias Educacionais na Escola Estadual Professora Benedita de Castro Lima. Disponível em: http://www.faculdadearaguaia.edu.br/ead/mod/resource/view.php?id=4443
Informações adicionais em:                                    
http://paginas.ucpel.tche.br/~lla/projetos.htm
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12840:o-que-e-o-proinfo-&catid=349&Itemid=230
http://pu1whz.com/telegrafo.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Telefone
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fotografia
 





sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Síntese: Fundamentos do Ensino Inclusivo

FUNDAMENTOS DO ENSINO INCLUSIVO

Trata da exclusão nas escolas dos alunos com deficiência, na mensagem da Conferência Mundial de 1994 da Unesco, a educação é um direito humano, e que indiferente de limitações todo indivíduo tem direito a ela e cabe às escolas modificarem seu funcionamento para atender a todos. O ensino inclusivo compreende a prática da inclusão de todos em escolas, educando a todos juntos, algo de que só se tem ganhos pois, os deficientes são preparados para a vida social, os professores melhoram suas habilidades profissionais, tem a oportunidade de planejar e discutir com a sua equipe, afim de desenvolver um trabalho conjunto e promovê-se mudança nos valores sociais. Os autores apontam os componentes básicos do ensino inclusivo: componente organizacional que são as redes de apoio na escola, no distrito educacional e a parceria com a comunidade com o intuito de capacitação da comunidade escolar; aprendizagem cooperativa um componente do ensino e a criação e motivação do ambiente da sala de aula. O sucesso na inclusão depende dos processos e da organização das escolas e salas de aula, com programas de ensino adequados a inclusão, funciona com ganhos sociais e preparação para a vida. Este bom funcionamento depende de atitudes positivas com relação aos alunos inclusivos, por meio de orientação e direção dos professores e demais pessoas, em ambientes integrados essa integração auxilia o desenvolvimento de cooperação e amizades. Os alunos inclusivos adquirem habilidades acadêmicas, sociais e comunicativas por meio da interação com seus pares e professores, no entanto convém não esperar muito em relação as habilidades acadêmicas quanto ao aluno inclusivo portador de uma deficiência cognitiva importante, para tais alunos o que importa é a interação social, a preparação para a vida na comunidade. A segregação é um prejuízo aos alunos e, é preciso evitá-la, pois não proporcionam aos alunos inclusivos a interação e convivência com outras pessoas. O maior benefício da inclusão é o seu valor social de igualdade, muito falado em nossa sociedade, mas pouco aplicado, quando nossas crianças convivem com as diferenças desde cedo, aprendem a aceitá-las e entender seus limites, fato este que promove a total interação de indivíduos sociais e a promoção de paz.

Roselaine Monteiro dos Santos.



REFERÊNCIA:
STAINBACK, Susan e STAINBACK, William (org.). Inclusão: Um guia para educadores. Tradução de Magda França Lopes. Porto Alegre: Artmed. 1999.





Síntese: "A educação que temos, a educação que queremos"

IMBERNÓN, Francisco. (org.). A educação no século XXI: os desafios do futuro imediato. Trad. Ernani Rosa. 2ª. ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. p. 37-61.

A educação que temos, a educação que queremos
José Gimeno Sacristán

Elucida que, para se planejar o futuro é preciso entender os acontecimentos do passado e do presente. A educação em sua visão utópica é uma projeção para o futuro, que se alimenta da cultura e a reproduz, objetivando a melhoria das sociedades. O pensamento iluminista dos séculos XIX e XX, vislumbrou a educação para todos de caráter obrigatório e gratuito, que segundo Kant, define o sujeito como cidadão: civilizado, cultivado, disciplinado e moralizado. O cultivo da racionalidade como base para o progresso social. Divide em três os níveis de ação da educação escolar na formação do cidadão: a percepção das subjetividades individuais- a educação oferece ao sujeito respostas as indagações pertinentes ao “ser e se perceber”, sua identidade pessoal; a educação como um critério de ordenação social- que assemelha e diferencia os sujeitos; a estruturação social- a diferença entre classes, distribuição de renda e a participação política. A partir de tais reflexões do passado, projeta propostas para o futuro educacional. Destacando a leitura e a escrita como construtoras do sujeito e reconstrutoras da cultura, tendo a alfabetização como instrumento que possibilita a posse do conhecimento, considerando a leitura capacitante do pensamento abstrato, crítico, reflexivo e autônomo e a escrita um estabelecimento à reflexão interior. A educação necessita da memória e do acervo cultural acumulado pelas sociedades, é por meio desses saberes herdados, ciência, tecnologia, artes, literatura, e outros, que a educação ganha sentido. A educação deve proporcionar ao sujeito a leitura do presente, da realidade que o circunda, dos significados a da compreensão do mundo, que torne possível consertar o obtido e melhorá-lo, valorizando o diálogo e as diferentes opiniões, a partir das primeiras experiências de aprendizagem, da valorização da expressão e da autonomia dos sujeitos, de diálogos e confrontos de argumentos sem restrições, a aprendizagem pautada na participação. Programas que só podem ser desenvolvidos por instituições e agentes especializados, escolas e professores. A educação como direito de todos, só é possível com a educação pública, em instituições suficientes em quantidade e em qualidade, que possam garantir a igualdade e a solidariedade. Analisa as condições e valores da educação na modernidade, uma educação cansada, sem utopias e ideais futuros. Isso acontece, devido ao descredito dos sujeitos quanto a educação que não cumpriu a promessa de possibilitar a mobilidade social, impôs uma cultura única, ignorando as realidades que a cercam e segundo Marx reproduzindo os meios de controle das classes dominantes. Questiona os leitores quanto ao que se pode fazer. Elaborar um novo projeto para a educação, ou manter o já existente? Conclui que o problema está no não cumprimento adequado do projeto iluminista.

Roselaine Monteiro dos Santos.



Resenha: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DA ESCOLA: UMA CONSTRUÇÃO COLETIVA

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DA ESCOLA: UMA CONSTRUÇÃO COLETIVA

Ilma Passos Alencastro Veiga possui Bacharelado e Licenciatura em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Goiás, Licenciatura em Educação Física pela Escola Superior de Educação Física de Goiás, mestrado em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria, doutorado e pós-doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas. É Professora Titular Emérita e Pesquisadora Associada Sênior da Universidade de Brasília. Tem experiência na área de Educação, atuando principalmente nos seguintes campos: formação de professores, didática, educação superior, docência universitária e projeto político-pedagógico. Orienta dissertações, teses e supervisiona atividades de pós-doutoramento. Atualmente é membro da Comissão de Supervisão Pedagógica dos Cursos de Formação de Professores na área de Pedagogia da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação.
No primeiro capítulo de sua obra Veiga (1995) discuti a construção dos Projetos Políticos-Pedagógicos das Escolas, seus significados, objetivos, organização e princípios norteadores. Segundo a autora a construção do Projeto Político-Pedagógico envolve planejar o que se pretende realizar, e engloba aspectos sócio-políticos e interesses coletivos. Veiga (1995), embasada em vários autores, tais como: Ferreira 1975; Saviani 1983; Marques 1990; Freitas 1991; Rios 1982, e outros, explícita toda a dimensão que abrange o processo de construção do Projeto Político-Pedagógico. Em seu aspecto político o projeto está articulado com a formação do cidadão para uma sociedade, já no aspecto pedagógico abrange as definições das ações educativas necessárias à sua efetivação.

Desse modo, o projeto político-pedagógico tem a ver com a organização do trabalho pedagógico em dois níveis: como organização de toda a escola e como organização da sala de aula, incluindo sua relação com o contexto social imediato, procurando preservar a visão de totalidade. Nesta caminhada será importante ressaltar que o projeto político-pedagógico busca a organização do trabalho pedagógico da escola na sua globalidade. (VEIGA, 1995, p.13).



A autora destaca os seguintes princípios norteadores do Projeto Político-Pedagógico: Igualdade de condições para acesso e permanência na escola. “Igualdade de oportunidades requer, portanto, mais que a expansão quantitativa de ofertas; requer ampliação do atendimento com simultânea manutenção de qualidade” (VEIGA, 1995, p.14); A qualidade formal, os instrumentos, métodos e a qualidade política, os fins, valores e conteúdos; A gestão democrática e suas dimensões pedagógica, administrativa e financeira. “A busca da gestão democrática inclui, necessariamente, a ampla participação dos representantes dos diferentes segmentos da escola nas decisões/ações administrativo-pedagógicas ali desenvolvidas” (VEIGA, 1995, p.16); A liberdade associada a autonomia e a valorização do magistério, que inclui remuneração, formação, recursos e condições de trabalho.
Para a construção do projeto político-pedagógico, a autora destaca alguns elementos básicos: As finalidades da escola, a ação educativa; A estrutura organizacional, seus recursos humanos, físicos, financeiros e as estruturas pedagógicas; O currículo e sua organização; O calendário escolar; O processo de decisão e a participação de todos; As relações de trabalho pautadas na solidariedade e na coletividade; A avaliação como reflexão de todo o processo.

Roselaine Monteiro dos Santos.




REFERÊNCIAS:
VEIGA, Ilma Passos A. (org.). Projeto Político-Pedagógico da Escola: uma construção possível.24ª.ed. Campinas: Papirus, 1995. p.11-27.

 











Síntese: "O que é isto, a cidadania?"

TEXTO: EDUCAÇÃO: DA FORMAÇÃO HUMANA À CONSTRUÇÃO DO SUJEITO ÉTICO
NEIDSON RODRIGUES

SÍNTESE DO TRECHO: “O QUE É ISTO, A CIDADANIA?”

Discorre a respeito do que o autor considera o “fim supremo da Educação escolar no mundo moderno”, que é a preparação do homem para a cidadania, comprova sua concepção relatando os termos do artigo 205 da Constituição Brasileira e o artigo 22 da LDBN. No texto da Constituição o conceito cidadania provem da função social de se praticar a cidadania, um atributo ligado ao cidadão que se legitima na ação educativa, por meio da educação o cidadão se instrumentaliza e toma posse de: organização; conhecimentos; habilidades; preparação para o trabalho; acesso a tecnologia e participação crítica na política. Rodrigues utiliza de exemplos históricos do que é ser cidadão e exercer a cidadania, conclui que os conceitos de ambos dependem da sociedade e do momento histórico em que a mesma está inserida. Destaca o ser cidadão na Grécia Antiga, indivíduos livres que se expressavam em espaços públicos, assumindo as consequências de seus discursos e ideias, assim, a cidadania surge dos fundamentos de liberdade, autonomia e responsabilidade. O exercício da cidadania compreende a participação dos homens na organização e conduta da vida privada e coletiva, na capacidade de fazerem escolhas, significando assim, uma participação na vida social. E, a organização e ação na vida social e política é nomeada de Democracia. O autor conceitua Democracia como um projeto político, realizado por humanos e passível de mudanças e novas estruturas. Conclui assim, que o meio para se ocorrer a preparação e integração ampla dos indivíduos, sujeitos ativos da vida pública é a Educação. 

Roselaine Monteiro dos Santos